Algumas empresas aproveitaram o evento para anunciar novas parcerias, como foi o caso da Fuchs e Timber Forest. A Fuchs nomeou a Timber como novo distribuidor do portfólio para manipulação e processamento de madeira nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. “Nossa empresa tem como foco o uso consciente dos recursos disponíveis. Desta forma, conta com equipamentos de alta confiabilidade e robustez para o setor”, diz Sandro Sato, gerente regional de vendas Fuchs. A escolha da Timber Forest se deve à estrutura da companhia, alinhada aos anseios da Fuchs. “É uma empresa que responde com um quadro de técnicos e de vendedores, além de unidades operacionais que suportam a demanda e tamanho dos mercados em que atua”, destaca ele.
A Amata, empresa que comercializa madeira sólida, serrada e para processo, aproveitou a Lignum Latin America para anunciar, em primeira mão, um investimento de grande porte no Brasil. Segundo executivo da Amata, Patrick Reydams, trata-se da primeira fábrica de grande porte para fabricação de madeira estrutural, CLT e Glulam. “Vamos começar a aquisição das máquinas já este ano e nosso objetivo é que a fábrica comece a produzir em 2022”, contou ele.
PARTICIPAÇÃO ESTRANGEIRA
A III Semana Internacional da Madeira e a Lignum Latin America tiveram a participação de profissionais de 22 estados do Brasil, além de profissionais de outros países como: Argentina, Chile, China, Colômbia, Coréia do Sul, Finlândia, Itália, Japão, México, Paraguai, Rússia e Uruguai.
Norberto Wendnagel veio da Argentina especialmente para participar da feira e considerou muito positiva para o momento econômico ao qual os países do continente sul-americano estão passando. “Acredito que o setor florestal, assim como todos os outros, está passando por um momento difícil. Isto é percebido também na Argentina, principalmente relacionado com as exportações. Acredito que uma feira como esta é de extrema importância para toda a América do Sul, para levantar os ânimos e trazer os últimos avanços tecnológicos ao mercado”, afirma ele.
A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), organizou uma rodada de negócios para receber uma missão comercial do México. Empresários importadores mexicanos vieram conhecer fornecedores e fazer parcerias com indústrias brasileiras de madeira.
Na avaliação do presidente da Abimci, José Carlos Januário, essa proposta é uma experiência única para o setor e, em breve, a Associação pretende estender para outros países também, como África do Sul, países do Caribe e Estados Unidos. “De modo geral, os mercados ao redor do mundo estão difíceis. Apesar disso, os negócios vêm acontecendo, não nos níveis de preço e volume que esperávamos, mas estão saindo. Nesse cenário, a rodada tornou-se ainda mais importante e trouxe negócios interessantes”, afirmou.
Para o presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores de Produtos Florestais do México, Everardo Martinez Salazar, o país tem grande interesse em estreitar a relação com empresas brasileiras, exportadoras de produtos florestais. Segundo ele, o Brasil é um país extremamente importante pela grande oferta de material florestal, justamente o que o México precisa. Por isso, ele avalia que o mercado mexicano pode se tornar um importante cliente para o Brasil, e eventos como a rodada de negócios ajudam a estreitar essas relações. “O evento e as reuniões superaram não só as minhas expectativas, mas também a de todos os outros importadores do México. Nossa produção doméstica da indústria florestal é muito baixa, e precisamos importar muitos produtos para alcançar a nossa demanda”, conta ele.
(Com informações da Abimci)