Curso de aperfeiçoamento técnico sobre o tema acontece em julho na capital paranaense
Pessoas e máquinas convivem nas operações florestais constantemente, mas para que a união seja perfeita, a gestão que envolve as duas partes deve ser efetiva. Para auxiliar neste processo, a Malinovski Florestal lançou em 2011, o Curso de Aperfeiçoamento Técnico para Gestores Operacionais Florestais. Depois de 12 edições e mais de 400 participantes, a empresa foi além e planejou uma segunda parte para o curso. Agora objetivo é apresentar e discutir conceitos de atividades que estão a cada dia, mais presentes na rotina dos gestores florestais.
O assunto é de grande importância porque hoje os gestores florestais assumem desafios cada vez maiores e são obrigados a trabalhar com recursos humanos e financeiros cada vez mais escassos. Dessa forma, necessitam ampliar horizontes gerenciais e desenvolver competências que aumentem a eficiência e eficácia do seu trabalho. A pressão pelo resultado e a busca pela redução de custos também faz com que tenham que buscar ferramentas que qualifiquem a sua capacidade gerencial e de tomada de decisão.
Com essa visão, duas qualificadas empresas do setor, a IMA Florestal e a RBG Conhecimento se uniram a Malinovski Florestal para elaborar o conteúdo do 1º Curso de Aperfeiçoamento Técnico para Gestores Operacionais Florestais – PARTE II. O treinamento que será realizado em Curitiba (PR), nos dias 17 e 18 de julho, é formado por quatro módulos e contemplará os seguintes temas: Gestão de Contratos Florestais, Diretrizes para um Programa Socioambiental, Avaliação de um Plano de Monitoramento (social, ambiental e econômico) e Gestão de Risco na Tomada de Decisão.
Para Cláudio Eduardo Ramos, diretor executivo da IMA Florestal, a segunda parte do Curso foi criada com um enfoque claro e que promete esclarecer algumas etapas da gestão. “Não se gerencia o que não se controla e não se controla o que não se planeja.” É com este principio que o primeiro módulo sobre a Gestão de Contratos Florestais foi criado. “Antes de tudo, temos que entender que o contrato é apenas o início de uma relação comercial e deve ser compreendida como uma parceria e não como um problema, de modo geral, os contratos são vistos como o início de uma relação com um “inimigo” e não com um parceiro ou colaborador externo”, explica Cláudio. A relação entre contratante e contratado e a busca por soluções será um dos assuntos abordados no módulo.
O impacto gerado pelas operações florestais nos trabalhadores e stakeholders (moradores e comunidades do entorno) será o foco do segundo módulo apresentado pelas engenheiras florestais e sócias-diretoras da RBG Conhecimento, Rosana Maria Renner e Mariangela Gerum. “Independentemente dos impactos serem diretos ou indiretos, é de extrema importância trabalhar um programa socioambiental que atenda as demandas da empresa e dos stakeholders, isto levando em conta a escala e intensidade de operações”, explica Mariangela.
Com relação ao módulo de Plano de Monitoramento, o foco serão as áreas de manejo florestal certificadas, um requisito avaliado nos processos de certificação. De acordo com Mariangela, estes processos se aplicam a qualquer empresa, independente de seu porte. “Um monitoramento bem conduzido, seja na área trabalhista, de saúde e segurança, das atividades executadas em campo, pode diminuir ou até eliminar impactos negativos sociais, ambientais e econômicos.”
Para finalizar a segunda parte do Curso, o instrutor Cláudio Ramos, propõe uma discussão de conceitos filosóficos e administrativos, além de exercícios práticos baseados em dados reais, onde o resultado econômico é apresentado como o ponto mais importante da gestão de investimentos florestais. “Existem ferramentas simples e sofisticadas no mercado que auxiliam no processo de tomada de decisão. Entretanto, o mais importante é entendermos onde estamos e onde queremos chegar. É preciso desenvolver internamente a relação: planejamento – controle – gestão”, destaca Cláudio.