O Manejo Integrado da vespa-da-madeira é uma das soluções tecnológicas da Embrapa Florestas que faz parte do Balanço Social da Empresa, com avaliação de impacto anual. Em 2022, o programa de controle da vespa-da-madeira gerou benefícios econômicos, atribuídos à participação da Embrapa, no valor de R$ 302.761.500,00. Esses valores se referem ao preço da madeira em pé, a ser obtida no local de plantio, que é a prática mais comum de comercialização da madeira.

O engenheiro agrônomo Emiliano Santarosa, da Embrapa Florestas, um dos responsáveis por conduzir a avaliação de impacto da Unidade, explica que o principal objetivo da tecnologia é manter a população da praga abaixo do nível econômico de danos. A implementação dos métodos preconizados, permite a redução do número de árvores atacadas, garantindo a sobrevivência, produtividade e a qualidade do povoamento de pinus.

“O manejo integrado, que envolve o monitoramento da praga, o controle biológico e o manejo silvicultural reduzem significativamente os danos e perdas ocasionados pela vespa-da-madeira no campo, resultando em aumento de produtividade dos sistemas de produção de pinus e garantindo a produção e oferta de madeira no setor. Atualmente diversas empresas florestais, destacando as associações APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais), Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas Florestais) e Sindimadeira (Associação dos Produtores de Madeira da Região Serrana), adotam esta tecnologia que já faz parte do programa de manejo nos plantios de pinus, impactando positivamente toda cadeia produtiva”, explica ele.

Os R$ 302 milhões referem-se a 50% dos impactos econômicos gerados pela solução tecnológica da Embrapa Florestas, responsável pelo desenvolvimento e pela transferência da tecnologia. Os outros 50% dos respectivos impactos são atribuídos ao Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais – FUNCEMA, e às empresas que o mantêm.

O impacto é calculado com base no método do excedente econômico, que envolve análise do incremento de produtividade, redução de custos, agregação de valor, entre outros indicadores. Fatores como estimativas da área de adoção e consulta às empresas e produtores também são considerados.

Escrito por Felipe Stresser