Uma das dificuldades enfrentadas atualmente pelo setor de base florestal está na falta de terras disponíveis para o plantio. A concorrência com culturas de curto prazo, como soja e milho por exemplo, encareceu o valor das áreas próximas aos polos produtivos e com alguma infraestrutura logística. O que “sobra” para o setor florestal são terras distantes, declivosas e com difícil acesso.
Um estudo realizado pela Embrapa, no entanto, fortalece uma tese defendida pelo setor. De acordo com a publicação, existem aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens plantadas no Brasil com níveis de degradação intermediário e severo, que apresentam potencial para a implantação de culturas agrícolas e florestais.
As florestas plantadas, tanto de pinus quanto de eucalipto, são grandes regeneradoras de solo e se desenvolvem sem grandes dificuldades em quase todo tipo de terreno.
Além de identificar e quantificar o potencial para conversão das pastagens, o estudo integrou dados da infraestrutura rural já existente, como a presença de armazéns e o acesso a rodovias estaduais e federais num raio de 20 até 100 km. As análises mostram, por exemplo, que cerca de 54% das áreas de pastagem encontram-se a uma distância de até 20 km de armazéns e 89% delas de até 20 km de rodovias.