Chegou a época de um dos produtos florestais não madeireiros mais procurados da Região Sul. O pinhão, semente da araucária, começa a ser colhido e comercializado a partir de abril. A fiscalização, no entanto, é rigorosa para que apenas pinhões que tenham alcançado o completo processo de maturação sejam comercializados. No Paraná, a multa em caso de desobediência é de R$ 300 a cada 50 quilos apreendidos, além da responsabilização por crime ambiental.

As normas e instruções de comercialização do pinhão são estabelecidas na Portaria IAP nº 046/2015 e têm como objetivo conciliar a geração de renda e proteger a reprodução da araucária, ameaçada de extinção.

Apenas no estado do Paraná, a cadeia produtiva do pinhão gera incremento econômico na vida de milhares de famílias. Em 2021, movimentou R$ 17,5 milhões, de acordo com o Valor Bruto de Produção (VBP), levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Já em Santa Catarina, apesar de menor por causa da estiagem, a safra de pinhão deve atingir cerca de 4 mil toneladas. O governo estadual quer incentivar os produtores de pinhão da região serrana. A atividade que movimenta a economia também faz parte da cultura dos catarinenses. A Secretaria de Estado da Agricultura irá destinar R$ 150 mil para aquisição de máquinas classificadoras de pinhão, facilitando a vida dos produtores e garantindo um produto de maior qualidade.

Escrito por Malinovski